a floresta inteira da amazónia
avança sobre o meu peito selvagem
sou índio à beira da catástrofe: vi um coração
maior que o meu
os diques seguram sentimentos de cimento
mas nesse momento desmoronam-se em lágrimas
que produzem uma espécie de electricidade amorosa
cai chuva e são pétalas cor de rosa
toda a civilização que tenho armada sobre o corpo
está ameaçada
são vias de extinção sou eu
em frente à minha derrocada
és Tu coisa que vi
a mandar-me encostar, sair da viatura
e começar a vida toda de novo
2 comentários:
Olá Paulo
Já visitei o teu blog e não resisti a comentar este poema. Os teus poemas estão carregados de sensações e provocam-nas a quem os lê, pelo menos a mim. São ou não as sensações o que nos agarra à vida?
Continua a poetar porque poetas precisam-se.
Beijos Noémia
espantoso.
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