o mar sabe esperar na alegria
passaram séculos talvez milénios
enquanto a ave pousava devagar
as suas patas delicadas
o mundo pode abrir-se num segundo
a ave recém chegada observa
disfruta ama beberica
um sol posto na colina
das costas
que constantemente se viram
para acolher quem vem lá
quem nunca deixou de vir
o mundo é este infinito absurdo
esta beleza aterradora:
uma ave um tempo um sol
um mar de esperas traduzidas
na linguagem amorosa
do silêncio
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