Reparei na porta fechada : fiquei lá dentro
Aprendi a calar, ensinaram-me
Mas depois da última carruagem do silêncio
Apareceu um pássaro : 1 pássaro !
O alvorecer do coração:
Olha, bebe!, disse ele
As maravilhas voaram dentro de grandes chávenas de loiça
Olha, bebe!, disse o coração
Era um pássaro
Era a infância
Dentro de grandes chávenas de loiça
Disse o pássaro
1 comentário:
Oh Paulinho, ainda bem que me convidaste a visitar esta tua luminosa casa, porque eu já andava com saudades da tua escrita. Desde o último livro de poesia.
Era uma saudade estética e ética.
Gosto da forma como inventas para as palavras novos berços e novos discos voadores.
Ardeu um pouco, docemente, ler as palavras sobre o "acontecimento do pai", mas acho que esta noite quando for à minha varanda antes de dormir, ver o rio e o céu, procurarei a estrela do teu pai e vou dizer-lhe que partilhamos o mesmo filho/amigo e que sorte que nós temos!
E vou contar-lhe destas palavras, caso ele não as saiba ainda.
Um abraço de amiga feliz por teres escolhido estar aqui ao mesmo tempo que eu e por Seres.
Enviar um comentário