sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

o mar sabe esperar






o mar sabe esperar na alegria








passaram séculos talvez milénios

enquanto a ave pousava devagar

as suas patas delicadas


o mundo pode abrir-se num segundo


a ave recém chegada observa

disfruta ama beberica

um sol posto na colina

das costas


que constantemente se viram

para acolher quem vem lá

quem nunca deixou de vir


o mundo é este infinito absurdo

esta beleza aterradora:


uma ave um tempo um sol


um mar de esperas traduzidas

na linguagem amorosa

do silêncio






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