todas as águas do mundo
todas as fogueiras
todas as mulheres com quem mantive laços
e imaginei deitadas nos meus braços
pedindo por socorro serão um dia testemunhas
da minha própria coroa
de sombras
serei rei pela minha própria luz
todo o fogo da terra
todas as torneiras
todos os mim próprios a quem roí as unhas
e imaginei deitados nos braços da princesa
ideal e salvadora serão um dia testemunhas
da minha própria coroa
escrita em cruz
serei rei pela minha própria luz
pouso a espada a ilusão esqueço o brilho e o capuz
dobro o joelho peço perdão
agradeço o trono a luz o mel o pão
o meu pé na minha lama
a minha cara no meu chão
serei rei pela minha própria mão
abro a coroa de flores
solto as glórias solto as dores solto histórias que nem sei
eu sei que serei rei mas serei rei
da minha própria multidão
serei rei
do meu sagrado coração